
A memória não passa de um carro que nos conduz por essas mesmas histórias, por esses mesmos momentos onde esquecemos o tempo que passa sem parar. Às vezes queremos agarrá-lo, guardá-lo só para nós mas ele escapa-se-nos sempre pelos dedos e sem olhar para trás. Isso faz a memória, que vive e revive vezes sem conta um momento passado, uma fracção mínima roubada ao tempo que é infinito.
Sorte tem o tempo que não pára e não acaba e ainda acumula histórias, histórias que ficam por contar e muitas que ficam por viver, histórias de ontem e de amanhã... e o futuro, esse, ninguém o pode roubar. Só nos resta esperar para poder viver e escrever num caderno de linhas infinitas - também ele à espera de ser estreado - aquilo que o tempo ainda tem para nos oferecer.
Ana de Quina - 2015
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