domingo, março 04, 2012

Chuva

Agora que anda tudo preocupado com a chuva, depois de um inverno que mais parece verão, finalmente parece ter chegado o momento da água começar a cair. Pode não ser muita, mas já parece ser a suficiente para molhar alguns desprevenidos... mas como eu também não sou repórter jornalística, nem tenho nenhum contracto com o instituto de meteorologia, não vou falar se vai chover mais ou não, se é preciso não dispensável que chova ou o efeito que a mesma tem na vida dos tuguinhas.

Simplesmente foi bom ver nestes dias aquelas gotas de água a escorrer pelos vidros e a encher as ruas de poças de água. Ver o céu transformar o seu azul num cinzento esbranquiçado e todas as cores ganharem um tom mais sombrio. Mas a saudade de sentir a chuva na rua enquanto ainda estamos enrolados nos lençóis, no quentinho, sem vontade de lá sair e aumentando a nossa preguiça, já tomava conta de mim. Não há nada como uma boa manta em cima de nós, enquanto comemos pipocas e vemos um filme enquanto chove e escurece lá fora, e as goteiras não param de correr, criando uma sinfonia anestésica para os nossos ouvidos.

A verdade é que a chuva pode-nos levar a um momento mais reflexivo e aí, a imaginação começa a trabalhar e não pára. Aliás, os momentos em que tenho mais vontade de escrever acabam por ser em dias de chuva porque, inevitavelmente, o romance acaba por tomar conta de nós, tal como a melancolia (mas não nos deixemos chegar ao ponto da preguiça) e as coisas acabam por fluir naturalmente, enquanto chove lá fora!

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